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Entrevista com Pablo Martins Bernardi Coelho–Coordenador GT 8 – TECNOLOGIA E SOCIEDADE no CAED-Jus 2025

O entrevistado da vez é o Pablo Martins Bernardi Coelho.

Pablo Martins Bernardi Coelho é Pós-doutoramento em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande – FURG. Doutor em História Política pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP/Franca. Mestre em História Política pela UNESP/Franca. Especialização em Direito Público pela Escola Brasileira de Direito – EBRADI. Possui graduação em Direito pelo Centro Universitário de Rio Preto – UNIRP. Possui graduação em Ciências Sociais pela UNESP/Araraquara. Professor Adjunto do curso de Direito da UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS – UEMG. Possui cargo de Diretor na Universidade do Estado de Minas Gerais UEMG – Unidade Acadêmica de Araguari. Professor do curso de Direito da Faculdade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC/Uberlândia. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito e Novas Tecnologias, Direito Constitucional, Direito Eleitoral, Ciência Política e Teoria do Estado. Líder do Centro de Estudos Interdisciplinares de Direito e Inovação – CEINDI da UEMG. Pesquisador do Laboratório Americano de Estudos Constitucionais Comparados da Universidade Federal de Uberlândia. Pesquisador do RED EDI – Rede iberoamericana del derecho informatico. É membro integrante das Áreas Científicas de Direito e Novas Tecnologias e Direito Constitucional do Instituto Iberoamericano de Estudos Jurídicos (IBEROJUR), com sede na Cidade do Porto, Portugal. É membro da “Red de Investigación – Derechos Humanos, Sostenibilidad y Desarrollo Socioeconómico: Políticas Públicas, Eficacia Jurídica y Protección Ambiental” (DHSD-PEJPA). É membro da Rede para o Constitucionalismo Democrático Latino Americano. É avaliador MEC inserido no Banco de Avaliadores (BASis) do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) para os cursos de Direito.

É Líder do Centro de Estudos Interdisciplinares de Direito e Inovação, grupo de pesquisa cadastrado no diretório capes; é organizador/autor do Livro Direito Digital e Proteção Dados da editora Meraki (2022); É organizador/autor do Livro Direitos Fundamentais na Era Digital da editora LAECC – da Universidade Federal de Uberlândia/MG (2024); É Diretor da Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG – Unidade Acadêmica de Araguari.

Nesse momento, coordenador do GT 8 – TECNOLOGIA E SOCIEDADE .

Confira a entrevista:

1)  Quais foram as principais influências ou experiências que moldaram sua abordagem acadêmica até hoje?

Minha trajetória acadêmica foi moldada pela interdisciplinaridade entre História, Ciências Sociais e Direito, o que permitiu que eu construísse uma visão ampla sobre governança pública, Democracia, Direitos Fundamentais e Tecnologia. O pós-doutorado em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande – FURG foi um marco nesse percurso, permitindo aprofundar minha pesquisa sobre o impacto das novas tecnologias na democracia e no acesso à justiça. Durante o doutorado, pesquisei as relações entre as Forças Armadas e a sociedade civil no Uruguai, aprofundando minha análise sobre instituições políticas e justiça de transição.  Além disso, a liderança do Centro de Estudos Interdisciplinares de Direito e Inovação (CEINDI) da Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG tem sido uma experiência fundamental, pois me possibilita coordenar diversas linhas de pesquisa interdisciplinares, como ciberdemocracia, inteligência artificial aplicada ao direito, ciberdemocracia, ciberativismo e proteção de dados.  Ao longo da minha carreira, sempre estive envolvido em projetos de pesquisa e extensão voltados à modernização do direito, atuando em redes acadêmicas e participando de grupos de estudos interdisciplinares. Essa experiência me proporcionou um olhar crítico sobre os desafios contemporâneos do direito e reforçou meu compromisso com a formação de novos pesquisadores e profissionais.

2) Como a sua experiência acadêmica prévia contribui para a sua visão sobre os desafios e oportunidades do seu GT no CAED-Jus?

Minha atuação como docente, pesquisador e coordenador de projetos de extensão possibilitou uma compreensão aprofundada dos desafios jurídicos na era digital. A liderança no CEINDI-UEMG e a participação em redes internacionais como o RED EDI – Rede iberoamericana del derecho informatico e o IBEROJUR – Instituto Iberoamericano de Estudos Jurídicos me deram acesso a debates globais sobre regulação tecnológica, inteligência artificial e governança digital. Além disso, como organizador de livro na área de Direito Digital, busco fomentar discussões sobre inovação no campo jurídico. No CAED-Jus, pretendo trazer essa perspectiva interdisciplinar, analisando os impactos das novas tecnologias no direito constitucional, eleitoral e processual.

3) Como você enxerga o papel do CAED-Jus na formação de novos profissionais do direito e em outras áreas interdisciplinares?

O CAED-Jus tem um papel crucial na formação de profissionais do direito ao proporcionar um espaço de debate acadêmico qualificado e interdisciplinar. Minha experiência como orientador de pesquisas e projetos de extensão evidencia a importância de eventos como este na construção de um pensamento crítico e inovador. A interação entre direito e tecnologia é cada vez mais necessária, e o CAED-Jus possibilita essa troca de conhecimento entre acadêmicos e profissionais do setor.

4) A temática do seu GT é fundamental para pensar o direito de maneira interdisciplinar. O que você concebe como principal desafio da sua temática?

O maior desafio da minha temática está no equilíbrio entre inovação tecnológica e segurança jurídica. O avanço de inteligência artificial, big data e blockchain traz benefícios, mas também impõe desafios regulatórios que afetam diretamente direitos fundamentais. Como professor e pesquisador da área, observo que a ausência de normativas claras e a falta de capacitação dos operadores do direito podem dificultar a implementação de soluções eficazes. No CAED-Jus, o objetivo do GT será explorar como o direito pode evoluir sem comprometer garantias constitucionais.

5) De que maneira você acha que sua área de pesquisa pode impactar a transformação ou inovação no campo jurídico, especialmente em termos interdisciplinares?

Minha pesquisa na interseção entre Direito e Tecnologia busca compreender como a inovação pode fortalecer a democracia, melhorar o acesso à justiça e garantir a proteção de dados. Projetos como aqueles que desenvolvi no CEINDI-UEMG sobre desinformação, ciberdemocracia e governança digital demonstram que a modernização jurídica é um processo contínuo e interdisciplinar. A aplicação de novas tecnologias no Poder Judiciário e na formulação de políticas públicas é um exemplo claro de como a pesquisa acadêmica pode contribuir para a transformação do campo jurídico.

6) Quais recursos ou estratégias você utilizou para manter-se atualizado(a) e relevante dentro da sua área de pesquisa?

Manter-se atualizado na área do Direito exige uma formação contínua e participação ativa em redes acadêmicas. Além de atuar como avaliador do MEC para cursos de Direito, participo regularmente de eventos nacionais e internacionais, integrando grupos de pesquisa como o RED EDI – Rede iberoamericana del derecho informatico e o IBEROJUR – Instituto Iberoamericano de Estudos Jurídicos. A publicação de artigos e livros, além da coordenação de projetos de pesquisa, também são estratégias essenciais para acompanhar as mudanças do cenário jurídico e tecnológico.

7) Para quem está começando a se envolver com projetos interdisciplinares, qual habilidade você acredita ser essencial para o sucesso nesse tipo de iniciativa?

A interdisciplinaridade exige flexibilidade intelectual, capacidade de análise crítica e uma mentalidade aberta ao diálogo. Projetos interdisciplinares no Direito, especialmente aqueles que envolvem tecnologia e inovação, demandam a habilidade de compreender diferentes abordagens metodológicas e integrar conhecimentos de áreas como ciência da computação, direito, sociologia, ciência política, dentre outras. A experiência adquirida na orientação de pesquisas e projetos de extensão me mostrou que aqueles que desenvolvem habilidades de pesquisa, escrita e comunicação têm mais chances de sucesso nesse campo.

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