caedjus.com

Entrevista com Lúcia E. Vellozo – Coordenadora do GT Especial: DIREITO À EDUCAÇÃO: INTERSECCIONALIDADES, DIREITOS HUMANOS E POLÍTICAS PÚBLICAS no CAED-Jus 2025

A entrevistada da vez é Lúcia E. Vellozo.

Lúcia E. Vellozo é Pedagoga formada pela UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande Sul, com especialização em Psicologia Clínica para atendimento Psicopedagógico Clínico, pode participar na coordenação pedagógica de curso de informática e participar no Projeto de Instalação de Laboratórios de Informática em emo colégios como Coordenadora Web pela Empresa Escola24hora e pode estar a frente do Projeto Atendimento Psicopedagógico na Policlínica Militar e por empresa conveniada com o FUSEX – Fundo de Saúde do Exército, como Psicopedagoga.

Idealizadora do projeto Atendimento Psicopedagógico para o Fusex (pode dar início ao espaço de atendimentos na Policlínica Militar de Porto Alegre) e idealizadora do projeto Start-S.E Crescer: atendimento Psicopedagógico Acadêmico para Adultos junto às instituições de ensino superior.

Nesse momento também é coordenadora do GT Especial: DIREITO À EDUCAÇÃO: INTERSECCIONALIDADES, DIREITOS HUMANOS E POLÍTICAS PÚBLICAS.

Confira a entrevista:

1)  Quais foram as principais influências ou experiências que moldaram sua abordagem acadêmica até hoje?

Minha trajetória acadêmica foi fortemente influenciada pela interseção entre pedagogia, psicopedagogia clínica e desenvolvimento acadêmico. Desde cedo, percebi a importância de compreender os processos de aprendizagem para além da sala de aula, abordando as dificuldades acadêmicas sob a ótica cognitiva, emocional e social. Minhas experiências práticas no atendimento psicopedagógico a estudantes universitários foram fundamentais para estruturar minha abordagem baseada na auto regulação, no desenvolvimento da autonomia e no fortalecimento da inteligência acadêmica e emocional. Além disso, o contato com estudos sobre desafios acadêmicos e estratégias metacognitivas contribuiu para a criação de metodologias que auxiliam os estudantes a superarem desafios acadêmicos.

2) Como a sua experiência acadêmica prévia contribui para a sua visão sobre os desafios e oportunidades do seu GT no CAED-Jus?

Minha experiência acadêmica e profissional me permite enxergar os desafios do Grupo de Trabalho (GT) no CAED-Jus (Direito à Educação: interseccionalidades, Direitos Humanos e Políticas Públicas) sob uma ótica interdisciplinar. Trabalhando com estudantes universitários, percebo que muitos deles enfrentam barreiras emocionais e cognitivas que afetam sua produção acadêmica e desenvolvimento profissional.

No contexto do CAED-Jus, essas questões são igualmente relevantes, pois um dos desafios da pesquisa jurídica é a capacidade de articular pensamento crítico, escrita científica e estratégias de estudo de longo prazo. E a psicopedagogia clínica pode contribuir com metodologias que auxiliem na organização do conhecimento jurídico, promovendo maior clareza argumentativa e potencialidade no desempenho acadêmico quanto às intersecções dos direitos humanos  e as políticas públicas tão fundamentais para o desenvolvimento futuro brasileiro.

3) Como você enxerga o papel do CAED-Jus na formação de novos profissionais do direito e em outras áreas interdisciplinares??

O CAED-Jus desempenha um papel crucial ao proporcionar um espaço de aprendizado que vai além do conhecimento da área  jurídica, pois incentiva o diálogo entre diferentes áreas do conhecimento e provoca um processo de desenvolvimento de habilidades e competências necessárias para o desenvolvimento profissional e pessoal dos participantes. A interdisciplinaridade que o CAED-Jus permite que os profissionais e estudantes desenvolvam competências essenciais, como pensamento crítico, capacidade argumentativa e de inovação. Além disso, ao integrar áreas o programa amplia a compreensão sobre os desafios enfrentados no campo acadêmico e profissional.

4) A temática do seu GT é fundamental para pensar o direito de maneira interdisciplinar. O que você concebe como principal desafio da sua temática?

O principal desafio da temática “Direito à Educação: Interseccionalidades, Direitos Humanos e Políticas Públicas” é superar as desigualdades estruturais que limitam o acesso, a permanência e a qualidade do ensino. Pensar o direito à educação de maneira interdisciplinar exige reconhecer que a educação não pode ser tratada apenas como um serviço, mas sim como um direito humano fundamental, diretamente relacionado a questões sociais, econômicas e culturais. E mais, do ponto de vista acadêmico, há a necessidade de uma formação jurídica e pedagógica mais crítica e interdisciplinar, que prepare profissionais capazes de articular o direito à educação com as realidades da sociedade. Portanto, é propor que se enfrente estes desafios com um compromisso coletivo entre os participantes de discutir o direito à educação como um foco norteador a fim de  torná-lo uma tema mais abrangente e consistente.

5) De que maneira você acha que sua área de pesquisa pode impactar a transformação ou inovação no campo jurídico, especialmente em termos interdisciplinares?

Minha área de pesquisa contribui para a inovação no campo jurídico ao trazer uma abordagem baseada na aprendizagem estratégica e no desenvolvimento cognitivo e emocional dos estudantes e profissionais do direito. Ao compreender como a psicopedagogia pode auxiliar no processo de assimilação e produção do conhecimento jurídico, podemos criar espaços de orientação mais eficientes para a formação acadêmica, reduzindo índices de evasão e melhorando o desempenho profissional e acadêmico. Além disso, a interdisciplinaridade permite que novas metodologias sejam aplicadas no ensino jurídico, tornando-o mais dinâmico, acessível e adaptado às demandas atuais.

6) Quais recursos ou estratégias você utilizou para manter-se atualizado(a) e relevante dentro da sua área de pesquisa?

Para me manter atualizada, utilizo uma combinação de pesquisa científica, participação em eventos acadêmicos e prática profissional contínua. De fato, é necessário se manter acompanhando as publicações científicas nacionais e internacionais essencial  a fim de compreender as novas abordagens em psicopedagogia clínica, ensino superior e das políticas públicas quanto ao direito à educação. Além disso, participo regularmente de congressos e grupos interdisciplinares, onde posso trocar experiências com especialistas de diversas áreas.

7) Para quem está começando a se envolver com projetos interdisciplinares, qual habilidade você acredita ser essencial para o sucesso nesse tipo de iniciativa?

A habilidade mais essencial para projetos interdisciplinares é a capacidade de articular diferentes perspectivas e dialogar com áreas diversas do conhecimento. Isso exige flexibilidade cognitiva, pensamento analítico e abertura para novas abordagens. E mais ainda, a interdisciplinaridade requer uma postura investigativa, pois é preciso traduzir conceitos complexos de uma área para outra, tornando-os aplicáveis em diferentes contextos. Dessa forma, as habilidades de comunicação e escrita científica são partes essenciais para estruturar ideias de forma clara e acessível, permitindo que as contribuições interdisciplinares sejam reconhecidas e aplicadas de maneira a promover uma construção amplificadora da temática.

Gostou da entrevista? Não esqueça de comentar e compartilhar.

A propósito, você já submeteu seu trabalho ao próximo evento do CAED-Jus? Você pode acessar o site do CAED-Jus em www.eventoscaedjus.com/caedjus-site e se inscrever no próximo evento programado com um artigo de sua autoria. Aproveite esta oportunidade!

Posted in

CAED-Jus

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *