A entrevistada desta vez é Larissa Pochmann.
Larissa Pochmann é Pós-Doutoranda em Direito Processual pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Doutora e Mestre em Direito pela Universidade Estácio de Sá (UNESA). Pós-graduada em Direito Processual Civil e Gestão Jurídica pelo IBMEC-RJ. Possui graduação em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Membro do Instituto Iberoamericano de Direito Processual (IIDP), do Instituto Brasileiro de Direito Processual (IBDP), do Instituto Carioca de Processo Civil (ICPC), da Associação Brasileira de Direito Processual (ABDPro) e do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB). Professora da Universidade Estácio de Sá (UNESA) e da Universidade Candido Mendes (UCAM). Advogada. É também Coordenadora do GT Solução de Conflitos e Processo do CAED-Jus 2020.
Confira a entrevista:
1) Você foi selecionado(a) para coordenar um dos Grupos de Trabalho do CAED-Jus. Nos conte um pouco como foi a sua trajetória acadêmica até esta seleção.
Talvez muitos já tenham lido um pouco sobre a minha trajetória, já que fui coordenadora do GT em edições anteriores e palestrante no evento comemorativo aos 30 anos da Constituição. Iniciei minha graduação em Direito em 2006 e finalizei em 2010, mas foi a partir de 2009, com a atividade de monitoria, que me interessei pela atividade acadêmica. Em 2011, mal havia acabado a graduação e iniciei o Mestrado, sendo que comecei a lecionar em 2012, mesmo ano que concluí o Mestrado. Em 2013, extremamente fascinada pela atividade acadêmica, optei por não deixar um tempo tão grande nos estudos: ingressei no Doutorado, curso que concluí em 2017, tendo iniciado o Pós-Doutorado em 2018, que devo concluir até julho deste ano. Porém, 2018 e 2019 foram anos bem marcantes em relação à atividade acadêmica, com experiências internacionais inesquecíveis. Em 2018 fui selecionada pelo Instituto Iberoamericano de Direito Processual para o I Curso de Profundización em Derecho Procesal, que ocorreu em Barcelona, e fui aceita como pesquisadora visitante no Max Planck. Em 2019, após uma dura seleção, fui escolhida pelo CEJA (Centro de Estudios de Justicia de las Américas) como bolsista no Programa “Aprimoramento o Acesso à Justiça na América Latina”, oportunidade que tive de usufruir de uma bolsa da instituição para complementar minha pesquisa na Universidade de York, no Canadá. Então, espero poder contribuir para o evento ainda mais do que nos anos anteriores.
2) O que mais lhe chamou atenção no CAED-Jus?
O CAED-Jus consegue reunir palestrantes nacionais e internacionais altamente conceituados, das mais diversas áreas do Direito, superando a barreira da distância física, a um preço acessível. Além disso, é democrático, possibilitando a participação de todos os interessados graças aos recursos tecnológicos e o oferecimento de bolsas sociais. E não se restringe à participação no evento, através da apresentação no trabalho: é possível ter o trabalho publicado em livro, o que aumenta a visibilidade do trabalho do pesquisador. Com todas essas características reunidas, o evento é a cada ano mais bem sucedido, já tendo se tornado um verdadeiro fenômeno no cenário jurídico e símbolo de qualidade.
3) A temática do seu GT é fundamental para pensar o direito de maneira interdisciplinar. O que você concebe como principal desafio da sua temática?
No ano passado, já havia consignado que a solução de conflitos não passa apenas pelo acesso ao Poder Judiciário e o acesso ao Poder Judiciário também não se limita ao seu ingresso, mas sim a uma resposta jurisdicional adequada em um tempo razoável. E, como professora, ainda vejo uma cultura muito forte da solução de conflitos ainda através do Judiciário. Sendo assim, continuo acreditando que é preciso incentivar e assegurar todas as formas de solução adequada dos conflitos, com o respeito às garantias constitucionais. A temática do GT é uma reflexão necessária.
4) Bom, outras pessoas vão se espelhar em você para participarem das próximas iniciativas do CAED-Jus. Que dica final você daria para que possam produzir textos de qualidade e inovadores?
Não deixe de estudar e de acreditar em seu potencial. Muita leitura e reflexão são essenciais para a produção de bons textos. Um pesquisador está sempre na construção de si mesmo. Leia, releia, reflita antes de construir o seu próprio texto. Não trabalhe com o conhecimento como pronto e acabado. Pense, questione. Há sempre muito o que construir. Depois, mãos à obra! Coloque suas ideias no papel e, claro, não se esqueça de fazer uma boa revisão no texto.
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A propósito, você já submeteu seu trabalho ao próximo evento do CAED-Jus? Você pode acessar o site do CAED-Jus em www.caedjus.com/eventos e se inscrever no próximo evento programado com um artigo de sua autoria. Aproveite esta oportunidade!
Ratifico as sábias palavras proferidas pela Dra./Professora Larissa, no que toca a necessidade do esmero e a dedicação com a concentração na leitura, a fim de que possamos adquirir a capacidade de perscrutar as questões e quizilas sociais e, assim, obter o discernimento e compreender que as práticas de soluções consensuais, inter partes, são as mais saudáveis, democráticas, geram a tão necessária economia processual e “desafoga” o sistema do judiciário. Vida longa a Conciliação, assim como a demais espécies para a solução pacífica dos conflitos.