A entrevistada desta vez é Mayra Menezes Maltz
Mayra Menezes Maltz é Mestranda em Direito Humanos na Universidade do Minho (Portugal). Pesquisadora das Violências e Discriminações de Gênero. Advogada Feminista e Internacionalista com atuação no Brasil e na Europa.
Foi membro do Conselho de Ética da Universidade do Minho (Portugal) no biênio 2020/2022, é colaborada do Projeto de Pesquisa InclusiveCourts da mesma Universidade. Presidente da Comissão de Direitos Humanos do Instituto Brasileiro de Direito Estrangeiro e Comparado (IBDESC) e da Associação Brasileira de Advogados Internacionalistas (Abrinter). Integrante do grupo de produção acadêmica Academus. É também coordenadora do GT Especial Gênero: Diversidade, Equidade e Inclusão do CAED-Jus 2023.
Confira a entrevista:
1) Você foi selecionado(a) para coordenar um dos Grupos de Trabalho do CAED-Jus. Nos conte um pouco como foi a sua trajetória acadêmica até esta seleção.
Iniciei a minha carreira acadêmica quando eu cheguei em Portugal. Iniciei o mestrado em Direitos Humanos na Universidade do Minho, tendo como tema de pesquisa o uso de argumentos culturais nos crimes de gênero pelos tribunais portugueses. A minha pesquisa para a dissertação foi muito trabalhosa, eu analisei quase mil decisões judiciais e isso dificultou que eu publicasse artigos e participasse de eventos acadêmicos. Há alguns meses eu senti necessidade de acelerar a minha produção acadêmica e ingressei para o Academus. Nesse programa de produção acadêmica eu tive orientação para elaborar um plano de publicações estratégico e a oportunidade de coordenar os eventos do CAED-JUS, tendo sido selecionada como coordenadora do DT Espacial de Gênero, ao lado de outras duas pesquisadoras talentosas.
2) O que mais lhe chamou a atenção no CAED-Jus?
O CAED-Jus é diverso, interdisciplinar e eu acho isso espetacular e motivante. Trazer para discussão assuntos que se interligam com várias áreas para além do direito é essencial para o desenvolvimento do próprio direito e para avanços científicos de forma geral, além de impactar de forma positiva políticas públicas importantes para a sociedade.
3) A temática do seu GT é fundamental para pensar o direito de maneira interdisciplinar. O que você concebe como principal desafio da sua temática?
São vários os desafios, mas acredito que a discriminação e o preconceito que ainda hoje, em pelo 2023, ainda persiste podem ser considerados a base de muitos outros problemas que mulheres e outros grupos marginalizados enfrentam como a desigualdade de gênero, falta de representação, acesso limitado à educação e emprego, violência de gênero, desigualdade econômica e por aí vai.
O mais importante é entendermos que superar a discriminação e o preconceito exige uma mudança de mentalidade e a promoção de uma cultura de inclusão e respeito pela diversidade de gênero. E é nesse sentido que esse GT Especial quer contribuir.
4) Bom, outras pessoas vão se espelhar em você para participarem das próximas iniciativas do CAED-Jus. Que outras dicas você daria para que possam produzir textos de qualidade e inovadores?
O primeiro conselho é trace objetivos e elabore um planejamento estratégico. Além disso, procure ter ao lado pessoas com o mesmo objetivo e pessoas que já estão mais a frente, faça parte de um grupo, tenha mentores. Essa troca de experiências é fundamental para o desenvolvimento como ser humano e como acadêmico. Por fim, entre para o Academus e pratique a dádiva.
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A propósito, você já submeteu seu trabalho ao próximo evento do CAED-Jus? Você pode acessar o site do CAED-Jus em www.eventoscaedjus.com/site e se inscrever no próximo evento programado com um artigo de sua autoria. Aproveite esta oportunidade!