O entrevistado desta vez é Alexandre Magno Borges Pereira Santos.
Alexandre Magno Borges Pereira Santos é Doutorando em Gestão Pública pela Universidade Federal de Uberlândia, Mestre em Direito Público pela Universidade de Franca e em Gestão Pública pela Universidade Federal de Uberlândia, pós-graduado em Direito Processual Civil pela Universidade Federal de Uberlândia e em Direito Notarial e Registral pela Universidade Anhanguera-UNIDERP. Atualmente é Procurador Federal (AGU), professor dos cursos de pós-graduação “latu sensu” (especialização) das Faculdades Pitágoras e membro do Conselho Editorial do Laboratório Americano de Estudos Constitucionais Comparados. Ele também é Coordenador do GT Trabalho e Seguridade Social do CAED-Jus 2020.
Confira a entrevista:
1) Você foi selecionado(a) para coordenar um dos Grupos de Trabalho do CAED-Jus. Nos conte um pouco como foi a sua trajetória acadêmica até esta seleção.
Sou procurador federal há quase vinte anos. Entretanto, juntamente com o dia-a-dia das lides forenses, sempre me interessei pela área acadêmica. Reputo que este é o ambiente em que a Ciência Jurídica se renova e se abre a interdisciplinaridade – indispensável para compreendermos nossa sociedade contemporânea. Além do mestrado em Direito Público, procurei formação complementar em gestão pública, como forma de me tornar um melhor operador e cientista jurídico.
2) O que mais lhe chamou atenção no CAED-Jus?
Vários aspectos. O primeiro deles é a utilização de ferramentas tecnológicas para democratizar o acesso a informação e para intensificar o compartilhamento de novas ideias e abordagens. Além disso, a ampla gama de eixos temáticos e a elevada qualidade dos participantes (coordenadores e autores). Por fim, o convite a abordagem interdisciplinar dos fenômenos que impactam no mundo jurídico.
3) A temática do seu GT é fundamental para pensar o direito de maneira interdisciplinar. O que você concebe como principal desafio da sua temática?
O mundo contemporâneo é palco de intensas modificações, sobretudo no mundo do trabalho. A intensificação das relações sociais e as novas formas de produção de bens e serviços romperam a pouca estabilidade jurídica que regulava as relações de trabalho. Fala-se atualmente em terceirização, pejotização e empreendedorismo como novos paradigmas. Nesse contexto, ainda há que se pensar em novas formas de se garantir proteção social a mais ampla gama de pessoas, nos três ramos da seguridade social: saúde, assistência e previdência social. Problemas tão complexos exigem abordagem interdisciplinar para a construção de soluções que viabilizem a concretização dos direitos sociais.
4) Bom, outras pessoas vão se espelhar em você para participarem das próximas iniciativas do CAED-Jus. Que dica final você daria para que possam produzir textos de qualidade e inovadores?
Não ter medo das críticas. A vida é inovação e repetição. A ciência se constrói a pequenos passos, a cada pequena descoberta, a partir de reformulações constantes e de contribuições de outros pesquisadores. Lidar bem com as críticas (mesmo as mais ácidas) é indispensável para nos tornarmos melhores cientistas. Devemos entender que, por mais esforço que tenhamos empreendido, nosso trabalho jamais está completo e que será, no máximo, um pequeno tijolo na grande obra do conhecimento humano.
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A propósito, você já submeteu seu trabalho ao próximo evento do CAED-Jus? Você pode acessar o site do CAED-Jus em www.caedjus.com/eventos e se inscrever no próximo evento programado com um artigo de sua autoria. Aproveite esta oportunidade!