A entrevistada desta vez é Danielle de Araújo.
Danielle de Araújo é Doutoranda em Estado e Sociedade do Centro de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal do Sul da Bahia. Especialista em Gênero, Sexualidade e Direitos Humanos pela Escola Nacional de Saúde Pública – FIOCRUZ. Advogada, formada em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro/ PUC-RJ. Membro do Coletivo Dandaras – Mulheres Negras Discentes da Universidade Federal do Sul da Bahia. Docente na pós-graduação e graduação da Faculdade Pitágoras, em Eunápolis – BA, e graduação da Faculdade Nossa Senhora de Lourdes, Porto Seguro – BA. Ela é Coordenadora do GT Educação e Direitos Humanos do CAEduca 2019.
Confira a entrevista:
1) Você foi selecionado(a) para coordenar um dos Grupos de Trabalho do CAEduca. Nos conte um pouco como foi a sua trajetória acadêmica até esta seleção.
Sou advogada, formada pela PUC/RJ, especialista em gênero, sexualidade e direitos humanos, e atualmente faço doutorado em Estado e Sociedade na Universidade Federal do Sul da Bahia. Participo do Grupo de Pesquisa Paideia – Laboratório de pesquisa transdisciplinar sobre metodologias integrativas para a educação e gestão social, grupos de estudos de Ciência Política (UFSB). Acredito que minha experiência profissional em educação popular no terceiro setor, na área de coordenação e execução de projetos educacionais, foi um ponto importante para a seleção como coordenadora de um GT na área de educação e direitos humanos.
2)O que mais lhe chamou atenção no CAEduca?
A trajetória de sucesso da instituição executora do evento, a visibilidade internacional e nacional, e a qualidade dos conteúdos e materiais publicados são exemplos da importância de se participar de uma iniciativa como essa, dessa forma posso contribuir com a qualidade dos artigos selecionados, possibilitando assim a co-produção de um material de alto nível.
3) A temática do seu GT é fundamental para pensar a educação de maneira interdisciplinar. O que você concebe como principal desafio da sua temática?
Quando pensamos na educação como um direito fundamental, ou seja, um direito humano positivado em nosso ordenamento jurídico junto a outros direitos sociais (BRASIL, 1988, art. 6o), corre-se o risco de nos limitarmos sobre a reflexão do acesso universal ao ensino formal, quando outros fatores que constituem a dignidade humana do indivíduo, também previsto em nossa Constituição (art. 1o, III), são fundamentais para que a educação se configure como parte constitutiva do sujeito integral. Desta forma, busca-se ampliar as discussões sobre educação e direitos humanos agregando temas importantes como interculturalidade, educação antirracista, estudos de gênero e sexualidade, ensino religioso, entre outras questões importantes em nossa sociedade.
4) Bom, outras pessoas vão se espelhar em você para participarem das próximas iniciativas do CAEduca. Que dica final você daria para que possam produzir textos de qualidade e inovadores?
Acredito que o principal caminho para uma escrita de qualidade e inovadora passa pela leitura crítica da realidade e das teorias postas, o revisitar bibliográfico e o conhecimento situado, em uma perspectiva transdisciplinar, são fundamentais para a construção ecológica de saberes.
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A propósito, você já submeteu seu trabalho ao CAEduca 2019 ? Você pode acessar o site do CAED-Jus em www.caedjus.com/eventos e se inscrever no próximo evento programado com um artigo de sua autoria. Aproveite esta oportunidade!